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Brasil publica implantação do novo modelo de Placas Mercosul

Brasil publica implantação do novo modelo de Placas Mercosul

Brasil publica implantação do novo modelo de Placas Mercosul


Com diversos itens de segurança, a nova placa será uma grande aliada no combate ao roubo e clonagem de veículos no Brasil, além de proporcionar a integração com os países do bloco.


Após dois anos de espera o Brasil finalmente publicou a implantação dos novos modelos de placas para veículos, as Placas Mercosul.  Anunciadas oficialmente em setembro de 2014, através da Resolução nº 510 do Conselho Nacional de Trânsito, o CONTRAN, em reunião com os representantes dos países integrantes do bloco socioeconômico[.1] , Brasil, Uruguai, Paraguai, Argentina e Venezuela, o novo modelo de placas seria comum aos cinco países, mas desde então o Brasil vinha adiando sua implementação de forma definitiva.

Independentemente de ser uma obrigação estabelecida por um acordo internacional, a mudança se faz necessária diante do agravante aumento de casos de roubo e clonagem de veículos em todo o Brasil, do aumento da frota e consequente necessidade de aumento da base de alfanuméricos e da também da necessidade de ampliação do controle e monitoramento das vias urbanas e das rodovias que cortam o país.

Cada país poderia ter a autonomia de antecipar a data de implantação do novo sistema, mas estaria obrigado a iniciar já no ano de 2016. O Uruguai largou na frente sendo o primeiro país a começar a implementação do sistema, seguido da Argentina ainda no ano de 2016.

As principais alterações em relação a placa de identificação veicular atual é que a nova inclui elementos de segurança importantes no combate ao roubo e clonagem, além disso ocorre mudanças também nos processos de produção para coibir fraudes e reduzir o preço das placas.

A nova placa traz diversos e significativos benefícios em sua função, promove a integração e facilita o trânsito entre os países do bloco, melhora o controle sobre a evasão fiscal, amplia a capacidade de fiscalização do transporte rodoviário de cargas e passageiros, aumenta o controle e monitoramento nas vias urbanas e rodovias e ainda auxilia no transporte de produtos brasileiros entre as fronteiras.

E para consumidor que já está preocupado em ter que pagar mais caro, a medida não vai alterar os preços das placas, apesar da maior sofisticação do novo modelo, o órgão garante que o preço do emplacamento não deve mudar (ou até mesmo reduzir), a expectativa é que com essa padronização, seja mantido os valores atuais dos custos, ainda com a possibilidade da redução do preço uma vez que será possível o controle total de todo o processo.

A implantação no Brasil deve acontecer de forma gradativa, e deverá ser implementada pelos DETRANs  até 1º de setembro de 2018, para os veículos a serem registrados, em processo de transferência de município ou de propriedade, ou quando houver a necessidade de substituição das placas. Já para os veículos registrados e em circulação, a troca da placa deverá ocorrer até 2023.

O DENATRAN será o responsável por credenciar os fabricantes de placas, que serão responsáveis pela produção, logística, gerenciamento informatizado, distribuição e estampagem das placas veiculares. Os serviços de estampagem da combinação alfanumérica e o acabamento das placas deverão ser realizados pelo próprio fabricante credenciado junto ao DENATRAN ou por um posto de estampagem por ele contratado, e que atenda às exigências estabelecidas na resolução.

A exemplo do que já acontece hoje com as gráficas que imprimem a carteira nacional de habilitação CNH, com os laboratórios de exame toxicológico e outras diversas atividades, o DENATRAN terá o controle dos fabricantes de placas no país. A intenção desta medida é evitar sonegação fiscal, abuso de preços ao consumidor e trazer ainda mais segurança em todo o processo.

O crime de clonagem de placas está diretamente relacionado ao roubo de veículos, além do tráfico de drogas, contrabando de armas, roubo de cargas e mais delitos que causam riscos à segurança pública. As novas placas trazem em sua composição dispositivos de segurança que visam coibir as possíveis clonagens de veículos que hoje não possui um controle rígido e eficaz, como mostram as estatísticas onde o Brasil é líder no ranking.

Além de todos os itens novos já contidos nas placas, elas também poderão vir com um CHIP, em conformidade com o Sistema Nacional de Identificação Automática de Veículos, o SINIAV, desde que atendidas às especificações quanto à sua funcionalidade, segurança, e interoperabilidade estabelecidas pelo CONTRAN, neste caso, as placas dispensam o lacre que hoje é utilizado.

O CHIP será criptografado e instalado nas placas primárias pela Casa da Moeda do Brasil, na forma de Selo Fiscal Federal elevando de forma absoluta o nível de segurança de todo o processo, conferindo identidade única para cada placa produzida, o que permitirá a sua rastreabilidade em toda a cadeia de produção e instalação. Esta tecnologia também permitirá a oferta de inúmeros serviços ao cidadão a partir da possibilidade de identificação automática dos veículos.

A mudança para as Placas Mercosul irá trazer mais tranquilidade ao tráfego nas ruas e avenidas de todo o Brasil. Com o novo sistema será possível gerenciar melhor o tráfego de veículos, controlar e fiscalizar o mercado evitando abusos ao consumidor e garantindo mais segurança ao trânsito do brasileiro.

O que muda com o novo modelo de Placas Mercosul

Segue abaixo então os componentes das novas placas e as repostas para dúvidas frequentes:

1- Cores

A cor do fundo das placas será sempre branca o que muda é a cor da fonte. Para veículos de passeio, cor preta, para veículos comerciais, vermelha, carros oficiais, azul, em teste, verde, diplomáticos, dourado e de colecionadores, prateado;

2- Nova sequência de caracteres alfanuméricos.

Em vez de 3 letras e 4 números, como é hoje, as novas placas terá o último caractere obrigatoriamente numérico, sendo os demais compostos por letras ou números, a serem estabelecidos pelo DENATRAN de forma a evitar duplicidade com as placas já utilizadas nos outros países do bloco.

3- Estado e cidade com nome e brasão

O nome do país estará na parte superior da placa, sobre uma tarja azul. A bandeira do estado e o brasão do município estarão à direita da placa, abaixo da bandeira do Brasil.

4- Tamanho da placa

A placa terá as mesmas medidas das já utilizadas no Brasil (40 cm de comprimento por 13 cm de largura);

5- Medidas contra as falsificações e clonagem

Marcas d’água do emblema do Mercosul com efeito óptico; Ondas sinusoidais, Selo Fiscal Federal (chip); Código bidimensional gerado pelo DENATRAN (QR code);

6 – Quem deve trocar a placa

A medida será obrigatória até 1º de setembro de 2018 para os veículos a serem registrados, em processo de transferência de município ou de propriedade, ou quando houver a necessidade de substituição das placas. Já para os veículos registrados e em circulação, a troca da placa deverá ocorrer até 2023.

As informações são da Assessoria de Imprensa.


Fonte: Portal do Trânsito